Um panorama de como anda a indústria de ETFs no Brasil

Por simplesmente estar lendo um conteúdo sobre ETFs, você pode se sentir parte de um grupo seleto de brasileiros.

Enquanto os investimentos em ETFs somam mais de US$ 14 trilhões globalmente, o Brasil ainda tem um patrimônio de menos de US$ 10 bilhões na categoria.

Antes de olhar para esse dado com vergonha de estarmos na lanterna, veja por outro ângulo: você tem o privilégio de estar na primeira fila de uma revolução que já aconteceu em outros mercados internacionais e, aqui, cada vez mais se aproxima do ponto de virada.

Uma mudança que traz eficiência para seus investimentos, uma filosofia de longo prazo, o poder da gestão passiva e, mais importante ainda: menos custo e mais transparência.

Vamos aos dados mais recentes da B3 publicados pelo Broadcast/Estadão e reproduzidos no blog do BB.

➡️ Em reais, o patrimônio sob gestão em ETFs custodiados no Brasil é de R$ 55,47 bilhões. Para dar uma proporção ao número, o montante equivale a cerca de 10% do valor de mercado da Petrobras.

➡️ Apesar de representar mais de 99% dos investidores em ETFs (calculados por número de CPFs e CNPJs), o investidor pessoa física ainda é responsável por movimentar apenas R$ 18 bi do bolo de R$ 55,47 bi. O restante está nas mãos do investidor institucional: bancos, seguradoras, gestoras de fundos, family offices, por exemplo.

➡️ A renda variável ainda domina o cenário: os fundos de índice atrelados à bolsa brasileira representam mais de 45% do patrimônio total e, em segundo lugar, está a renda variável internacional, com 36,4%. A renda fixa brasileira representa menos de 20% do mercado (mas as opções de investimento na classe aumentam cada vez mais).

➡️ Com a renda variável brasileira dominando o mercado, os três ETFs mais negociados no mês passado foram o BOVA11, fundo da BlackRock que acompanha o Ibovespa; o BOVV11, fundo do Itaú que também segue nosso principal índice; e o SMAL11, da BlackRock, com um índice que segue as small caps da bolsa (empresas com baixo valor de mercado, como Vulcabras, Multilaser e SmartFit).

E os BDRs de ETFs?

Já são mais de 28 mil investidores que possuem pelo menos um BDR de ETF na carteira.

Esses investimentos dão acesso, por meio da B3, a ETFs listados em bolsas estrangeiras, como é o caso do BIEV39, que acompanha o S&P Europe 350, um índice que busca refletir a performance do mercado de ações europeu.

Este é o melhor momento para você investir em ETFs

[PUBLICIDADE]

Se você estava esperando o momento certo para entrar no mercado, a hora chegou.

Mas… Não estamos aqui fazendo “market timing”, aquela ideia de que é possível adivinhar o dia e a hora para investir e ficar rico em poucos segundos.

A verdade é que não existe melhor momento para investir do que agora.

Quanto antes você começar a acumular patrimônio, mais cedo você sentirá a magia dos juros compostos. Não dá para ficar no banco de reservas esperando o juiz chamar você.

“Posso deixar para outra hora? Não sei nem onde encontro ETFs no meu aplicativo do banco…”

Entra em cena a solução ideal para tirar você dessa inércia: o app da Investo.

A gestora de ETFs criou uma plataforma para que você descubra como é fácil investir em ETFs. Lá, você poderá negociar os mais de 20 ETFs da Investo, um “cardápio” que conta com diversas estratégias em renda fixa, renda variável e cripto.

Se você ainda não sabe por onde começar, a Investo tem fundos que te ajudam a conquistar a liberdade financeira e aproveitar as principais tendências do mercado. Deixa a preguiça de lado. Baixe agora o app (disponível em iOS e Android).

Então chegou a hora de pagar o imposto…

ETFs não são livres de impostos. Caso você já tenha obtido algum ganho na bolsa na sua vida, a sigla DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) não é uma desconhecida para você.

Não faltam na internet tutoriais sobre como pagar o DARF. Nosso papel aqui é lembrar você de algumas regras e exceções envolvidas em ETFs brasileiros e também tirar o medo caso você precise realizar seu primeiro pagamento do DARF.

1️⃣ O imposto só se aplica ao vender sua posição e obter lucros. São 15% abatidos sobre os seus rendimentos em ETFs de renda variável. Nos de renda fixa, a cobrança pode ficar entre 25% e 15%, dependendo do Prazo Médio de Repactuação das Carteiras (PMRC), uma informação que você deve ir atrás antes de investir.

2️⃣ Se o ETF é de renda fixa, não existe DARF na jogada: o imposto é retido no momento da liquidação e você não precisa fazer mais nada.

3️⃣ Para lucros em ETF de renda variável, não existe colher de chá: a isenção de imposto sobre rendimentos em ações de até R$ 20 mil não se aplica aos ETFs. Todo rendimento será mordido.

4️⃣ O processo de pagamento é manual e não é recolhido junto ao Imposto de Renda anual: quando vender um ETF no lucro, você precisa calcular os 15% sobre seu rendimento, visitar a página da Receita Federal no site do governo e clicar em emitir DARF, preenchendo os dados e gerando uma guia de pagamento.

5️⃣ Não tenha ansiedade, mas também não procrastine: você tem até o último dia útil do mês seguinte para quitar a dívida.

6️⃣ Não tem mesmo exceção para ETFs de renda variável? Se o imposto devido é menor que R$ 10, você não consegue emitir o DARF. Isso não significa que você está “perdoado”: na sua próxima realização de lucros, é preciso adicionar o valor.

“E ninguém aí no mercado financeiro pensou em como deixar esse processo menos chato para os ETFs?”

Tem, sim. Mas isso é assunto para outra edição… 😉

Para ler mais tarde 📰

  • Ou é a Argentina que você quer na carteira? A Global X acaba de lançar um BDR de ETF com exposição à economia dos “hermanos”. Confira os detalhes no UOL.