Bem-vindos, Andrés e Pedro!

Enriquecendo nosso quadro de colunistas, a edição de hoje conta com a estreia de Andrés Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset, e de Pedro Mota, gestor de portfólio da casa.

“Persiste o rótulo de que esse jeito de investir [em ETFs] seria “passivo” – quase como deixar o dinheiro dormindo, um verdadeiro passatempo de principiante. Nada poderia estar mais longe da verdade. Sob o capô desses trilhões de dólares investidos em ETFs, existem índices calculados diariamente e remodelados continuamente. Regras pré-definidas substituem decisões discricionárias, e o capital se realoca numa cadência que poucos gestores humanos conseguem acompanhar.”

É com essa provocação que os especialistas da Nu Asset, a gestora do Nubank, assinam em conjunto seu primeiro texto na tudoETF.

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Se o ETF é o “investimento do futuro”, por que investir agora?

Se você lê a tudoETF há algum tempo ou acompanha portais de finanças, deve ter notado que existe uma crença compartilhada por quase todo o mercado: é apenas uma questão de tempo até os ETFs dominarem o comportamento do brasileiro ao construir seu patrimônio. ETFs são o futuro dos investimentos.

Com a sensação de que “a hora certa vai chegar”, talvez você seja um voyeur do mercado de ETFs — em conversa com alguns leitores, descobrimos assinantes que nos acompanham desde o início, mas que ainda não sentem que é hora para investir em ETFs.

O conforto em não mexer no portfólio é compreensível: nos deparamos com escolhas que nos causam arrependimento (aquela ação de empresa falida que, só por milagre, um dia vai retornar o que você investiu) ou investimentos que fizemos sem muito conhecimento, concentrando risco em um mesmo mercado ao aportar em fundos tradicionais que, na prática, se expõem aos mesmos ativos, por exemplo.

O que podemos dizer para você dar um primeiro passo é que o investimento em ETFs, com foco em longo prazo, não precisa ser perfeito. Ele pode coexistir com o seu portfólio, representando uma virada no seu comportamento ao fazer seus aportes.

Em relação ao mercado brasileiro, por mais que a maturidade de geografias como Europa e Estados Unidos tragam um número maior de ETFs para escolher, nós já temos, hoje, opções suficientes para construir um portfólio robusto que siga os princípios essenciais desse tipo de investimento: baixos custos, simplicidade e transparência.

O futuro do mercado de ETFs no Brasil, maduro como é em Wall Street, pode levar alguns anos para chegar. Mas, enquanto isso, é o seu patrimônio que está correndo contra o tempo e enriquecendo estratégias perdedoras. Aqueles 2% de gestão de um fundo tradicional, por exemplo, agradecem a sua inércia.

Quer bater recordes? Lance um ETF de cripto

Essa parece ser a fórmula de sucesso na indústria global de ETFs recentemente. Depois de fazer história com seu ETF de Bitcoin, o IBIT, que chegou à marca de US$ 10 bilhões sob gestão em apenas 34 dias, a BlackRock conquistou a medalha de bronze com o seu ETF de Ethereum, ETHA, conquistando o montante em 251 dias, segundo a Exame.

O feito reflete uma tendência global: basta filtrar os ETFs listados na B3 por rentabilidade nos últimos 12 meses para descobrir que as três melhores performances de fundos de índice são do segmento de cripto: o BITI11, do Itaú, passando de 73%; o BITH11, da Hashdex, acima dos 70% e o QBTC11, da QR Capital, na casa dos 69%.

Na lista mais recente dos ativos populares entre o investidor de alta renda na B3, publicada mensalmente pelo Valor Investe a partir de dados da SmartBrain, o HASH11, outro ETF da classe gerido pela Hashdex, figura entre os favoritos no mês passado.

ETFs ajudam criptomoedas. Criptomoedas ajudam ETFs.

Existe uma relação de "contribuição mútua" entre a indústria de ETFs e o mercado de cripto. Em tempos incertos, nos quais a política tarifária dos EUA gera altas históricas em índices da bolsa em um dia e correções alguns dias depois, além de causar também um movimento global de desdolarização, a busca por ativos alternativos e descorrelacionados ganhou tração.

E embora não sejam exatamente novidade, as criptomoedas enfrentam diversas barreiras para serem aderidas tanto pelos investidores institucionais quanto pelos investidores de varejo que prezam pela simplicidade. O ETF cai como uma luva para ambos.

Conquistando uma aura de reserva de valor e perdendo o estereótipo de veículo de especulação, as criptomoedas têm conquistado quem acredita na filosofia de "buy and hold". O ETF Database, a partir de dados da CoinShares, reportou que o percentual de investidores de Bitcoin que mantém em sua carteira a moeda por mais de 155 dias está em patamares que não eram vistos desde 2015.  

Food for thought… 🥦

Depois de avaliar a carteira de mais de 103 mil investidores na bolsa, a Grana Capital descobriu que, em 12 meses, somente 17% conseguiram superar o Ibovespa e a Selic. Os demais 83% perderam para os dois índices. Confira a análise completa no Valor Investe.