Retorno de 50% em um mês? Teve ETF negociado na B3 que emplacou essa conquista. Confira os nomes na reportagem do Valor Investe.
Trump quer entrar no jogo dos ETFs de cripto: confira a opinião de Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg em reportagem da Infomoney.
O voo do VOO: depois de se tornar o maior ETF do mundo há alguns meses, o VOO, fundo da Vanguard de S&P 500, agora atinge um novo marco, com mais de US$ 700 bi sob gestão, segundo o Yahoo! Finance (em inglês).
É natural sentir o impulso de mexer no portfólio quando o noticiário nos traz ansiedade. Nesta semana, Renato Eid Tucci, da Itaú Asset, reflete sobre o tema em sua coluna. Dá uma olhada em três das diversas lições que ele explora no artigo:
1. Grandes valorizações acontecem de forma imprevisível, e estar fora do mercado nesses poucos dias pode prejudicar seriamente a rentabilidade.
2. Ter sucesso passa por paciência e confiança. Um bom portfólio de ETFs reduz a necessidade de ajustes constantes e protege contra oscilações de curto prazo.
3. Quem investe de forma disciplinada precisa resistir à tentação de reagir emocionalmente em períodos de turbulência.
Esse é o retrato do mercado global de ETFs: com mais de 17 trilhões sob gestão, o dinheiro está principalmente distribuído nos EUA (69%), Europa (16%) e Ásia-Pacífico sem o Japão (8%).
A imagem vem de um recente material produzido pela gestora de recursos do J.P. Morgan, com dados consolidados até 31 de julho de 2025.
O material da instituição menciona ainda que, globalmente, são 12.400 ETFs em negociação, um fluxo positivo de mais de US$ 1 trilhão somente em 2025 e 15 anos seguidos de crescimento.
Além disso, de 2014 até o fim de julho deste ano, os ETFs registraram uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 20%.
Aproveitando ainda os insights do relatório do J.P. Morgan, não pudemos deixar de valorizar a forma direta como a instituição define o que considera um tema ao avaliar ETFs temáticos e seus índices. À primeira vista, a definição parece óbvia, mas, segundo o relatório...
1. Um tema deve demonstrar uma disrupção, uma mudança de paradigma que presume que o futuro será diferente do que o passado. Ainda no mesmo critério, isso deve tornar o tema independente de setor (um ETF “temático” de semicondutores exposto apenas a empresas da mesma etapa de produção, por exemplo, não parece caber aqui).
2. Além de ser agnóstico em relação a setores, o tema também precisa ser livre em relação à exposição geográfica e ao tamanho de mercado das empresas expostas ao índice, embora seja natural que um índice temático englobe companhias de médio e pequeno porte.
3. Depois de algum tempo, um tema eventualmente se torna parte do nosso dia a dia: aqui, a instituição parece validar somente temas que, com o tempo, são capazes de provar sua real transformação massiva na sociedade, como demonstra a ilustração abaixo referente aos EUA.
Apesar de ainda moverem investimentos, os ETFs temáticos têm decepcionado. Quem afirma isso é o Financial Times em reportagem refletindo o fechamento do mercado em julho.
Em um gráfico chamado “Mais perdedores do que ganhadores”, o veículo mostra o retorno anualizado (em %) de alguns temas desde 2020:
Quem dera fosse tão simples responder. Converse com um boglehead “raiz” e ele provavelmente dirá para você que realizar investimentos temáticos é quase como uma forma mais chique de ser um stock picker: um tema necessariamente exige que você entre “cedo” e saia na hora certa para aproveitar ganhos, o que não combina com a filosofia de ganhos no longo prazo por meio de índices amplos.
Por outro lado, o mercado não parece ter perdido a esperança. Bryan Armour, diretor de análise em estratégias passivas da Morningstar, diz na reportagem que cabe ao investidor analisar se um ETF específico é de fato a melhor forma de aproveitar o crescimento de um tema.
O material do J.P. Morgan, por exemplo, aponta a limitação dos ETFs temáticos, já que dependem de empresas listadas na bolsa. Essa é uma das dores, por exemplo, de quem quer aproveitar o boom da inteligência artificial enquanto muitas companhias seguem privadas, como a OpenAI.
Todd Rosenbluth, Head de Research na TMX Vettafi, comenta que, apesar das perdas, os ETFs temáticos podem ser aliados na hora de diversificar.
Recentemente, uma discussão sobre índices e gestão passiva aconteceu no Twitter a partir de uma publicação de JL Braga, da Encore Asset. A thread e seus desdobramentos são interessantes de conferir: mostram que ainda temos diferentes escolas de pensamento entre gestores no mercado financeiro.
O que nos chama atenção é a frase entre aspas no título desta seção, usada em um dos replies à discussão por um investidor. O boi, no caso, seria uma analogia a um ETF, enquanto o filé seria a melhor ação ou o grupo de melhores ações do índice em questão.
Essa pessoa não está sozinha. A mesma visão ainda é comum entre muitos investidores, inclusive estrangeiros. Esse post recente no fórum de ETFs no Reddit tenta revelar como as empresas top 10 do S&P 500 carregam o crescimento do índice. Na discussão, há quem pergunte: por que não comprar, então, as ações ganhadoras e dispensar os custos de investir em um ETF?
Investir não é escolher as partes de um boi. Enquanto o filé sempre será o filé (localizado no mesmo local e com sua garantia de qualidade em relação a outras partes menos nobres), o mercado não tem corte premium garantido.
Um índice é construído a partir de uma metodologia que permite a constante atualização dos seus componentes. A Nvidia de hoje continuará puxando o maior índice do mercado americano em 10 anos? Será que o termo “Magnificent 7” não terá virado passado quando você olhar seu portfólio daqui 30 anos? Quem diz que sabe responder esses questionamentos com certeza está mentindo para você.
Trocar o investimento em índices pelo stock picking das estrelas da bolsa é aumentar riscos... E talvez acabar com ações que, no longo prazo, comecem a azedar na sua carteira.
“Ficar rico e continuar rico são coisas diferentes e que exigem diferentes habilidades”: confira o novo artigo de Morgan Housel, autor de “A Psicologia Financeira”, sobre os aprendizados mais recentes do pensador.