Imagine a seguinte situação: em dezembro de 2024, você teria uma bola de cristal, prevendo os grandes eventos econômicos e geopolíticos de 2025, conseguindo saber a trajetória dos principais indicadores econômicos. 

Interessante pensar então que você teria os elementos relevantes para escolher a alocação de investimentos perfeita, certo? E que, nesse sentido, muito provavelmente, a classe de ações seria preterida em relação às demais, não? 

O que 2025 nos trouxe até agora

Pois bem, estamos no segundo semestre de 2025 e o destaque em termos de performance nas diferentes classes de ativos fica por conta da renda variável. Elementos como baixa alocação, preços historicamente baixos e perspectiva de dividendos são fatores que ajudam a justificar esse movimento, que acaba por se sustentar dado o fluxo de investidores estrangeiros, o qual soma mais de R$ 25 bilhões no ano.

Nesse sentido, as possibilidades de se posicionar em ações são várias, sendo a mais usual através do Ibovespa, um índice amplo calculado pela B3. Outra forma comum buscada pelos investidores são as empresas que se destacam no pagamento de dividendos, pois, além do retorno potencial da valorização das empresas, a chamada renda passiva exerce um componente relevante na composição do retorno total.

Assim, existe um índice que também é calculado pela B3, chamado IDIV, que busca ser composto pelos “ativos que se destacaram em termos de remuneração dos investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP)”. 

Qual o problema o IDIV que ele busca resolver?

O primeiro é a diversificação. Imagine a energia que o investidor precisa empreender para montar um portfólio diversificado e que contemple empresas com esse destaque no pagamento de dividendos. Uma tarefa que exige conhecimento e tempo e que, por vezes, não consegue superar em termos da relação risco/retorno o que o índice IDIV oferece. 

O DIVO11, ETF que replica o índice IDIV, pode ajudar o investidor nessa jornada, pois já contempla esse portfólio diversificado que prioriza empresas com histórico sólido de pagamento de dividendos.

Equilíbrio consistente nos diferentes cenários 

Vale notar que, ao ampliarmos a lente sobre o retorno dessa estratégia, os números impressionam: desde 2018, observamos um retorno de +118,10% contra +60,73% do Ibovespa. Em termos anualizados, isso significa 11,20% ao ano, superando com folga os principais benchmarks da renda variável local e, por que não, outras estratégias de investimentos de outras classes de ativos.

Mas investir não é só sobre retorno. É, também, sobre retorno com qualidade. Além da rentabilidade, estratégias que focam em dividendos tendem a se destacar por apresentar volatilidade inferior à do Ibovespa e menores perdas em momentos de queda de mercado. Isso significa uma jornada mais estável para o investidor e um perfil mais defensivo, ideal para quem quer participar da bolsa sem abrir mão da resiliência.

Comparativo de volatilidade entre o ETF DIVO11 e os índices IBOV e SMLL

Comparativo de drawdown (perdas máximas) entre o ETF DIVO11 e o índice IBOV

Se o assunto é dividendo… E para quem busca renda mensal?

Temos falado muito sobre a conveniência que buscamos de forma geral nos diversos aspectos da nossa vida e, assim, por que não trazer essa questão para os nossos investimentos? Se a ideia é transformar dividendos em fluxo de caixa recorrente, já existem investimentos que distribuem dividendos mensalmente ao invés de reinvesti-los.

Isso significa mais previsibilidade para o investidor: não é mais necessário acompanhar as datas de pagamento de diversas empresas. O ETF DIVD11, por exemplo, faz tudo isso. O investidor recebe os proventos com regularidade, sem precisar ficar se atentando se caiu ou não o dinheiro na conta.

Indo além do tradicional

Com rentabilidade robusta, risco controlado, praticidade e alternativas para diferentes perfis, os ETFs de dividendos se consolidam como ferramentas poderosas na construção de uma carteira sólida, eficiente e voltada ao longo prazo.

Seja reinvestindo dividendos ou transformando-os em renda, esses ETFs representam o que há de mais moderno e funcional para o investidor que valoriza a simplicidade com inteligência.

Renato Eid Tucci atua no mercado financeiro desde 1998. É sócio e Portfolio Manager da Itaú Asset Management. É membro da Câmara de Equities da B3 e conselheiro da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec).