[CONTEÚDO DE MARCA]

3 peças-chave que levaram à criação de uma gestora de ETFs

Como investidor, a história de Cauê se assemelha à de muitos leitores da tudoETF que têm alguns anos de bolsa: uma carta escrita à mão, autorizada pelos pais e endereçada a uma corretora de investimentos para que ele pudesse começar a comprar ações aos 15 anos de idade.

Mas, profissionalmente, os caminhos que levaram ao surgimento da Investo não são tão tradicionais como a típica passagem por uma gestora de um banco ou por uma área de Investment Banking.

Engenheiro formado pela USP em 2012, Cauê ressalta três peças-chave de sua carreira que se conectaram e levaram à criação da Investo em 2021.

#1. Uma inquietude por empreender

“Quando terminei a faculdade, tive um período breve como empreendedor, desenvolvendo um aplicativo para gestão de filas em restaurantes com outros colegas de faculdade. Levantamos capital, mas logo percebemos que não tínhamos experiência para o negócio deslanchar.”

Cauê brinca: “Era uma época em que o modelo ‘Mark Zuckerberg’ de empreender rápido, saindo da faculdade, era muito fora da curva, em especial no Brasil”.

#2. A passagem pelo Banco Central

O interesse pelo mercado financeiro levou Cauê Mançanares a passar em um concurso do Banco Central, como supervisor na área não bancária. “Tudo que não era banco, ou seja, corretoras, cooperativas de crédito, distribuidoras caíam nesse departamento. Conheci o lado do regulador, em uma época de regulação de novas instituições, apps e fintechs.”

Poucos brasileiros dariam adeus a uma carreira concursada, mas a aproximação com o desenvolvimento rápido do mercado financeiro no Brasil apenas aumentou o desejo do CEO da Investo em empreender: “em certo momento, vi que tinha no Banco Central uma carreira estável, previsível, mas que eu queria mesmo ‘colocar a mão na massa’”.

#3. A descoberta de um novo jeito de investir

A saída do Banco Central levou Cauê ao Vale do Silício. Trabalhando no Wesley Group, fundo de venture capital, o executivo passou a “olhar do outro lado da mesa”. “Aprendi como identificar companhias que têm potencial e como o investidor pensa em crescer, em dar recursos, fomentar contratação, ajudar a criar produto.”

Além disso, a mudança para os EUA combinou com um MBA em Harvard e com a descoberta de uma forma diferente de investir.

“Comecei a ler mais sobre John Bogle e foi aí que eu me apaixonei pela filosofia de investimentos indexados. Ainda fui um tempo stock picker enquanto me familiarizava com ETFs até que me ‘converti’ totalmente. Quanto mais você busca conhecimento, mais você percebe que a simplicidade resolve.

"Se ninguém fizer nada, nada vai acontecer"

Esse foi o tema da ligação que Cauê fez para Luiz Junior, hoje COO da Investo. Luiz, ex-colega de Banco Central, estava em Londres na época, estudando índices de mercado. Ambos compartilhavam a incredulidade em relação ao baixo desenvolvimento dos ETFs no Brasil.

Cauê comenta: “Eu fiquei com o sentimento de querer que a minha mãe, minha família, meus amigos tivessem acesso a esses investimentos há 20 anos, assim como os americanos já têm há muito tempo.”

O caminho até os R$ 3 bi sob gestão

Com 22 ETFs atualmente em negociação na B3, perguntamos ao Cauê qual foi o lançamento mais desafiador: "sem dúvida, o USTK11, nosso primeiro ETF."

"Éramos dois empreendedores de fora do mercado, uma startup, e o lançamento do nosso primeiro ETF levou cerca de um ano. Por sermos novos e independentes, tivemos vários obstáculos: da descrença de alguns reguladores à concorrência licenciando um dos índices em que estávamos interessados para atrelar ao produto."

Lançamento do USTK11 na B3, em 2021. Crédito: B3

Com a gestora crescendo a cada novo ETF lançado, a Investo conquistou a atenção da VanEck, grupo americano com mais de US$ 120 bi sob gestão.

Cauê explica: “o relacionamento se desenvolveu no nosso segundo round de captação, em que a VanEck participou de forma minoritária. Dois anos depois, a gente chegou em um ponto de crescimento que poderia ser maior com mais recursos. A VanEck se demonstrou uma sócia alinhada para o longo prazo.”

“Diferente de um sócio que quer ver retorno num horizonte de 3, 5, 10 anos no máximo, o grupo entende a importância da longevidade. Eles viram na Investo uma forma de entrar no mercado de ETFs do Brasil. O resultado está aí: desde que entraram, em março de 2024, nosso patrimônio líquido aumentou em quatro vezes.

Hoje, a gestora conta com 130 mil investidores em seus ETFs e R$ 3 bilhões sob gestão.

O futuro, segundo Cauê Mançanares

Para fechar a edição, vamos a algumas perspectivas que o CEO da Investo traz para os  ETFs brasileiros e para a relação dos assessores de investimentos com os fundos listados em bolsa.

“De R$ 500 a R$ 600 bilhões em até sete anos”

Essa é a esperança de Cauê para o patrimônio investido em ETFs pelos brasileiros no futuro, que hoje ultrapassa a marca de R$ 60 bilhões. O otimismo do CEO é resultado da evolução do mercado brasileiro, que hoje já conta com mais de 100 ETFs na B3 e centenas de BDRs de ETFs de outras bolsas.

Fee ou comissão? Os ETFs vão ser úteis para ambos.

“Não tem uma bala de prata que vá resolver a equação da popularização do ETF. Não é 100% das casas que se tornarão fee-based [modelo em que assessores cobram uma taxa fixa sobre o patrimônio dos clientes]. Ainda existirá comissionamento.”

Certamente quem é fee-based já é fã de ETF desde o começo porque ele está com interesse alinhado ao do investidor no longo prazo, não precisa girar a carteira para fazer receita e se beneficia mais de um portfólio estável do que de um portfólio que gira muito.”

“Mesmo um assessor que é um stock picker vai perceber o valor dos ETFs. Digamos que ele aloque o cliente em Petrobras, depois em Vale, depois em Mercado Livre. Se ele fizer esse mesmo movimento, mas usando ETFs, ele vai poder ter o valor agregado de fazer as recomendações para o cliente e sem tomar tanto risco. O que precisamos é de mais educação para o assessor entender isso.”

Para conhecer e investir com a Investo

“Os ETFs estão aí para resolver a vida do investidor que não sabe nada e daquele que sabe tudo.”

Essa frase do nosso papo com Cauê resume perfeitamente a filosofia da Investo, que criou um app para que o investimento em ETFs seja ainda mais simples.

Lá, você poderá negociar os ETFs da gestora e, se ainda não sabe por onde começar, a Investo tem fundos que agregam ETFs para que você conquiste a liberdade financeira e aproveite as principais tendências do mercado.

Baixe agora o app (disponível em iOS e Android).