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Como montar uma carteira de ETFs? A B3 responde.

Como o brasileiro dolariza? Nomad e Avenue mostram os ETFs gringos mais investidos pelos seus clientes em setembro.

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Lançamentos: um ETF com índice recém lançado pela B3 e um fundo de previdência só com ETFs

Apesar do crescente número de ETFs de renda fixa, incluindo fundos dedicados exclusivamente ao Tesouro Selic, como o LFTS11 e o GLFT11, a bolsa brasileira até então não contava com um índice próprio para os títulos públicos pós-fixados atrelados à taxa de juros.

Até então.

Na semana passada, a B3 lançou o TSLC. Entram no índice os títulos de Tesouro Selic com mais de dois meses desde sua emissão, com prazo de vencimento igual ou superior a 12 meses e volume diário de negociação entre os 75% mais representativos dos últimos três meses. O rebalanceamento ocorre trimestralmente.

E com o novo índice, o Nubank colocou na rua seu mais novo ETF, o NCDI11. Com taxa máxima de 0,18% ao ano, o fundo é o terceiro ETF de renda fixa da casa. Confira abaixo o atual peso de diferentes LFTs no ETF.

Fonte: Nubank

Um encontro entre previdência privada e o mundo dos ETFs

Tributação regressiva, redução de impostos, facilidade na sucessão patrimonial. Com mais de 11 milhões de investidores, a previdência privada é, para muitos brasileiros, uma parte essencial do planejamento financeiro.

Entra em cena o primeiro fundo de previdência com alocação exclusiva em ETFs. Com 13 fundos indexados em sua carteira, o Investo Previdência Global Crescimento divide o patrimônio investido em 60% de alocação doméstica e 40% em ativos do exterior.

Fonte: Investo

Com taxa de 0,97% ao ano e aplicação mínima de R$ 1.000, por enquanto o fundo está disponível apenas para planos contratados via BTG Pactual.

Outro ponto essencial é o perfil de investidor: como a fatia internacional do produto ultrapassa 20%, ele é exclusivo para investidores qualificados (quem tem a partir de R$ 1 milhão em investimentos), segundo a divulgação do Seu Dinheiro.

YDRO11 e NCL11: conheça os campeões de setembro

A IA que você usa é em parte responsável pelo resultado que levou esses dois ETFs ao topo das performances brasileiras no mês passado.

Segundo a Sustainable Invest, em matéria publicada pelo Valor Investe, em setembro o mercado voltou os olhares para a capacidade energética necessária para o processamento de dados que a inteligência artificial exige. Assim, as ações ligadas ao hidrogênio como alternativa energética saltaram, como a Plug Power, listada na Nasdaq, que disparou 57,4% em um mês.

Passeando pela tabela periódica, a declaração de interesse dos EUA em aumentar seu estoque em urânio e acelerar a aprovação de mais usinas nucleares colocou em foco os investimentos relativos ao tema.

Assim, chegamos aos ETFs que mais valorizaram em setembro no Brasil.

YDRO11

Gerido pelo Itaú, o YDRO11 valorizou 13,33% em setembro, a maior alta do mês na B3 e o melhor mês do fundo em 2025.

➡️ A tese do ETF: o fundo acompanha o índice S&P® Kensho® Hydrogen, composto por uma cesta de empresas listadas nos Estados Unidos e ligadas à produção energética do hidrogênio, uma das apostas da transição energética para alternativas sustentáveis.

➡️ As três principais posições:

  • 33,7% da carteira do ETF está alocada na ação da Bloom Energy, dedicada à fabricação de células de combustível que têm ganhado força em centros de processamento de dados;
  • 14,8% está na ação da Ballard, companhia canadense de energia;
  • 6,4% em papéis da Chart Industries, companhia envolvida em diversas etapas da cadeia de produção de combustível à base de hidrogênio.

➡️ Números que importam: o YDRO11 possui taxa global de 0,50% ao ano. Em 2025, o ETF rendeu 26,48% (já considerando os ganhos de outubro até agora).

NUCL11

Com a segunda melhor performance mensal entre todos os fundos de índice brasileiros, o NUCL11, da Investo, subiu 11,97% em setembro.

➡️ A tese do ETF: o fundo replica a performance do NLR, ETF da VanEck disponível nos EUA com 28 ativos na carteira e o objetivo de se expor ao setor de energia nuclear.

➡️ As três principais posições:

  • 7,7% do fundo está alocado em ações da Constellation, a maior operadora de usinas nucleares nos EUA;
  • 7,5% vão para as ações da Oklo, fabricante de reatores queridinha do Vale do Silício e que já teve Sam Altman, da OpenAI, como sócio;
  • 7,3% do ETF é composto por ações da canadense Cameco, a maior companhia de capital aberto dedicada à mineração do urânio.

➡️ Números que importam: a taxa anual do NUCL11 é de 0,60%. Lançado em maio, o ETF já acumula 63,1% de valorização, contando com os pregões de outubro.