🏢 O crédito privado americano chegou ao Brasil pagando dividendos: confira o lançamento do ETF BIZD11 na B3.
🧠 Educação, tecnologia e transparência de custos: os caminhos que Verônica Pimentel, gestora da Oryx Capital, enxerga para os ETFs brasileiros alcançarem sua maturidade.
🤔 Três fundos são suficientes para montar sua carteira de ETFs? O Nubank acredita que sim.
Na semana passada, a Selic chegou a um valor que não se via desde 2006: 14,75% ao ano.
O aumento da taxa começou no segundo semestre do ano passado e veio como resposta à incerteza em relação à agenda fiscal do governo e uma inflação acima da meta.
Boa parte do mercado acredita que esse é o patamar final do ciclo de alta e, se houver mais algum aumento na próxima decisão, em junho, será na casa de 0,25 pontos percentuais.
E o investidor, como fica?
Uma Selic tão alta é música para o ouvido de quem investe. E, no curto prazo, faz sentido o movimento de concentração em investimentos pós-fixados.
Mas você está lendo a tudoETF e, aqui, a gente acredita no jogo do longo prazo.
Por um lado, a taxa de juros pode levar até 18 meses para impactar a economia plenamente. Por outro lado, as tarifas impostas por Donald Trump podem criar um recuo na atividade econômica global, o que levaria a uma queda mais rápida tanto lá quanto aqui.
Seja qual for o cenário, para quem foca no longo prazo e segue de olho em opções dentro dos títulos públicos, o Tesouro IPCA+ é, nesse momento, visto como o mais seguro, segundo o Valor Investe.
São investimentos que protegem seu patrimônio ao oferecerem retorno real: a variação da inflação mais uma taxa fixa.
Enquanto não há certeza de qual o horizonte de tempo para a redução da Selic, há ainda títulos disponíveis com taxas atrativas, pagando cerca de 7% em juros reais.
Melhor do que isso, há ETFs que seguem a classe, evitando que você precise reinvestir o dinheiro ao fim do vencimento e volte ao topo da tabela regressiva do IR.
Dá uma olhada no nosso conteúdo sobre ETFs de renda fixa para descobrir o que o mercado oferece.
Você já conhece o EWZ? Operado na NYSE, ele é um ETF da BlackRock que acompanha o índice da MSCI voltado para o Brasil.
Ele se tornou uma referência global do mercado de ações brasileiro, servindo como um termômetro para o grau de interesse do investidor estrangeiro em aplicar na nossa bolsa.
O Brazil Journal reportou há algumas semanas que, pela primeira vez em quatro anos, o número de cotas do EWZ aumentou. Ou seja, a demanda cresceu.
A correlação com a política econômica dos EUA é clara: com um 2025 extremamente volátil em Wall Street, o investidor global está de olho em desconcentrar seus ativos e ir às compras em outras geografias.
Como a reportagem ressalta, em comparação com outros mercados emergentes, como a Ásia, a América Latina não foi afetada por tarifas tão agressivas. Segundo Christian Keleti, da gestora AlphaKey, "há investidores olhando seletivamente para os mercados emergentes e escolhendo o Brasil".
Esperança? Sim, mas com uma dose de ceticismo.
A recente popularidade do EWZ não fez o ETF virar completamente o jogo, permanecendo no menor patamar desde 2016. Outro ponto importante é que o interesse estrangeiro ainda não se traduziu em grandes injeções de capital na B3.
O estrategista da XP contextualiza a saída de capital estrangeiro que vem marcando a bolsa brasileira: “atribuímos essa divergência — de sentimento positivo, mas fluxo negativo — a movimentos de fundos quantitativos e de fast money, além de realização de lucros após o aumento acentuado da volatilidade de mercado desde o anúncio de tarifas".
Os três maiores ETFs do mundo (VOO, SPY e IVV) acompanham o S&P 500, principal índice de ações da bolsa americana. Mas há quem diga que esse cenário vai mudar…
Michael Saylor, em uma conferência recente em Nova York, afirmou que o IBIT, ETF de Bitcoin da BlackRock, está no caminho para se tornar o maior ETF do mundo nos próximos 10 anos.
“Beleza, mas quem é Michael Saylor?”
Se existe alguém que acredita no potencial das criptomoedas, esse alguém é Michael Saylor. Ele fundou a MicroStrategy (hoje chamada apenas de Strategy), empresa de tech e business intelligence que se destaca menos pelos seus produtos, e mais por sua relação com o Bitcoin.
Por conta de Saylor, a companhia começou, em 2020, a investir de forma pesada em Bitcoin para construir sua reserva de ativos: estima-se que a Strategy tenha encerrado ano passado com mais de 423 mil unidades de Bitcoin.
Por mais que o entusiasmo de Saylor venha de uma paixão genuína pelos criptoativos, vale notar a dose de interesse pessoal que viria de alguém cuja principal reserva da sua empresa está alocada na classe.
Com ou sem Saylor, o futuro do IBIT é tão volátil quanto o ativo que seu índice acompanha: até a última sexta-feira, o fundo registrava 18 dias consecutivos com entradas de capital. Por outro lado, o ETF registrou em janeiro uma saída recorde de investidores.
Os ETFs e as criptomoedas andam cada vez mais juntos.
Como os ETFs servem como uma “casca” para diferentes classes de investimentos, da bolsa à renda fixa, o acesso às criptos por meio de fundos de índice tem sido uma das grandes inovações do mercado financeiro nos últimos tempos.
Afinal, as criptomoedas confundem até mesmo profissionais do mercado: como atender aos desejos do investidor que quer exposição no segmento? Por qual plataforma adquirir? Como funcionam as taxas e os impostos? Perguntas não faltam.
Ao acompanhar um índice que replica o preço da moeda digital em questão, um ETF de cripto não só facilita a alocação, como também traz uma camada regulatória extra em um contexto em que ativos alternativos ainda estão em desenvolvimento.
Feita a introdução, vamos falar sobre a XRP?
Em capitalização de mercado, a XRP hoje é a quarta criptomoeda do mundo e, em 2024, ela valorizou 240%.
Para entender a XRP, vale traçar alguns paralelos simples, sem tecniquês, com a principal cripto do mundo, o Bitcoin. Entre as semelhanças, está o limite de moedas que podem existir: tanto o Bitcoin quanto a XRP não podem ser emitidas infinitamente, o que dá a elas mais confiança ao investidor.
A escassez ajuda a olhar para a cripto em questão como um investimento de longo prazo, que pode valorizar ao longo do tempo.
Uma das diferenças (e o motivo que coloca a XRP no radar de muitos investidores) está no tempo de transação de cada uma delas. A transação em Bitcoin pode levar de 10 minutos a algumas horas para ser confirmada. Já a XRP é capaz de validar uma transação em cinco segundos, o que dá a ela um uso mais prático de moeda entre seus usuários.
Voltando a falar de ETF…
Conquistando mais um ponto em pioneirismo do mercado de ETFs local, o Brasil foi palco recentemente do lançamento do primeiro ETF que acompanha a XRP.
Em negociação na B3 desde o fim de abril, XRPH11 é gerido pela Hashdex e acompanha o Nasdaq XRP Reference Price, índice que replica a cotação da moeda no mercado.
240% em 2024... Investir tudo nesse ETF novo, então?
O CIO da Hashdex, Samir Kerbage, comenta, em matéria do Valor Econômico, que o novo fundo de índice é voltado para investidores sofisticados, como institucionais (bancos, family offices, fundos tradicionais, etc).
Para além da declaração, a XRP precisa conquistar um pouco mais a confiança do mercado, já que sua natureza é menos descentralizada do que o Bitcoin: uma grande parte de suas unidades (cerca de 46%) ainda está nas mãos de sua criadora, a Ripple Labs.