O tamanho do mercado brasileiro de ETFs

• R$ 5,8 bi: essa foi a captação registrada pelos ETFs entre agosto de 2024 e julho de 2025. O número superou os investimentos tanto em fundos de previdência quanto em fundos cambiais, de ações e multimercados. Os ETFs só ficaram atrás do patrimônio investido em fundos de renda fixa.

• R$ 4,1 bi: até mesmo entre ETFs, a renda fixa liderou. Esse é o número da captação dos ETFs da classe, enquanto os fundos negociados na bolsa voltados à renda variável representaram R$ 1,7 bi.

• 236 mil pessoas físicas investem em ETFs no Brasil. Os ETFs atraem, em especial, o segmento de alta renda, com 131,2 mil cotistas.

Os dados são da ANBIMA, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. Pedro Rudge, diretor da instituição, comenta: “Diversificação e taxas competitivas são [os] principais atrativos [dos ETFs]”.

Gestor abre os bastidores da criação de um ETF

O panorama global aponta um claro momento de transição. É sobre esse grande pano de fundo que Renato Eid, da Itaú Asset Management, escreve a respeito em sua coluna mais recente na tudoETF.

Cruzando a sinalização do afrouxamento dos juros nos Estados Unidos com o comportamento do investidor em busca de proteção de patrimônio, Renato aborda como a gestora chegou à criação do mais recente ETF da casa.

Confira o racional de como um ETF de renda fixa global nasce a partir das palavras de quem o construiu.

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A BlackRock talvez queira tokenizar seus ETFs

Na quinta-feira passada, a Bloomberg divulgou os possíveis planos da BlackRock em levar a negociação dos ETFs além do tradicional pregão da bolsa. Antes de entrarmos na novidade, vale a ênfase em “possíveis”: a informação vem a partir de fontes anônimas em Wall Street e, por enquanto, a BlackRock decidiu não comentar a respeito.

Mas vamos lá: segundo a publicação, a líder global em gestão de ETFs está explorando a tokenização desses fundos. Hoje, os ETFs estão sujeitos à geografia e aos horários das bolsas de valores de onde estão listados. Você não pode investir em um ETF na B3 no fim de semana ou fora do horário do mercado em dias de semana, da mesma forma que não pode acessar ETFs das bolsas estrangeiras sem uma conta em uma corretora que dê acesso ao mercado desejado.

Tokenizar um ETF seria uma forma de disponibilizar os fundos por meio da blockchain, a estrutura digital que permite a negociação do Bitcoin e diversas outras criptomoedas 24 horas por dia, sete dias por semana (e sem fronteiras).

Os planos da BlackRock estariam voltados a ETFs ligados a ativos como ações, o que significa uma enorme camada de regulamentação até que, de fato, a iniciativa deslanche.

O projeto, porém, não vem sem precedentes: no ano passado, a BlackRock tokenizou um money market fund, um fundo que investe em títulos de dívida de curto prazo, como as T-bills americanas. Com o código BUIDL, o fundo ultrapassou US$ 2 bi em patrimônio.

A BlackRock, vale dizer, não está sozinha. A Franklin Templeton também já tokenizou um fundo, enquanto corretoras como a Robinhood oferecem ações americanas tokenizadas para negociação no território europeu.

Enquanto a notícia ainda é fumaça, fica o exercício mental: será que caminhamos para um futuro em que os ETFs não vão precisar esperar o mercado acordar de segunda a sexta para serem negociados?

O essencial da economia em um só ETF?

Na semana passada, a Investo, gestora brasileira que compõe o grupo VanEck, colocou mais um ETF na rua. Depois de cruzar a fronteira e lançar o ARGE11, focado na economia argentina, a Investo voltou os olhos à bolsa brasileira com um ETF que, pelo ticker, já mostra a ambição de seu índice: BEST11.

O fundo acompanha 23 companhias listadas na B3 e que, segundo o índice, são pilares da economia nacional (BESST: Bancos, Energia, Saneamento, Seguros e Telecomunicações).

Segundo a Suno, a seleção prioriza empresas lucrativas, resilientes a ciclos econômicos e que tenham distribuído dividendos em pelo menos dois dos últimos três anos. Afinal, o BEST11 é descrito pela gestora como um fundo de empresas líderes em dividendos, batendo de frente com o DIVO11, do Itaú.

A primeira carteira do ETF tem, entre seus maiores pesos, as ações das empresas BTG Pactual, Eletrobras, Sabesp e Itaú Unibanco. Cada uma delas representa mais de 8% da alocação.

Simulando o passado, o índice do ETF acumula valorização de 66,6% de janeiro de 2021 a agosto de 2025, enquanto o Ibovespa acumulou 18,8% no período.