Imagine olhar para o mercado hoje, sentir que tudo muda rápido demais e perceber que isso não é exagero. A economia tem revisões constantes, crises aparecem do nada, inovações tecnológicas viram nossas certezas de cabeça para baixo. Vivemos num mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo. Nesse cenário, tentar adivinhar cada pico e cada vale do mercado se torna cansativo, frustrante e, muitas vezes, improdutivo.
Mas há uma maneira mais simples. Em vez de ficar refém das manchetes, você pode buscar equilíbrio e resiliência por meio de uma carteira de ETFs que mistura diferentes ingredientes. É como montar uma receita bem balanceada: ações para crescer, renda fixa para dar estabilidade, uma pitada de criptoativos para descorrelação. Eles permitem que você invista de forma prática em vários setores, classes de ativos e países, sem precisar escolher cada ativo na mão.
O ponto central é a disciplina. Investir não é sobre acertar o próximo “pico” ou “vale” do mercado; é sobre construir ao longo de meses e anos. Muitos investidores tentam praticar o chamado market timing, buscando o momento perfeito para comprar ou vender. A realidade é que grandes valorizações acontecem de forma imprevisível, e estar fora do mercado nesses poucos dias pode prejudicar seriamente a rentabilidade. Por isso, manter-se investido, deixando o tempo e os juros compostos trabalharem a seu favor, costuma ser a estratégia mais eficaz.
Ter sucesso passa por paciência e confiança. Um portfólio que combina ETFs de renda fixa (como opções atreladas ao IPCA ou prefixados) e ETFs de renda variável (incluindo índices globais e temáticos) reduz a necessidade de ajustes constantes e protege contra oscilações de curto prazo. Quem investe de forma disciplinada precisa resistir à tentação de reagir emocionalmente em períodos de turbulência.
Até mesmo quando se fala em Bitcoin, estudos mostram que estratégias de “dollar cost averaging” (aportes regulares) superam tentativas de acertar o “fundo” dos preços. Para o investidor que não quer se preocupar com entradas perfeitas, ETFs como os de criptoativos facilitam esse tipo de alocação de forma regulada.
Um estudo da Galaxy, parceira da Itaú Asset na frente de ETFs de criptoativos, analisou diferentes estratégias de compra de Bitcoin. Uma delas assumia que o investidor era capaz de acertar o fundo de correções de 14%, 20% e 30% e comprava exatamente nesses pontos. A outra, mais simples, aplicava o método de custo médio em dólares (DCA), com aportes mensais constantes.
Os resultados foram surpreendentes: historicamente, manter o Bitcoin por pelo menos 17 meses superou, na maioria dos casos, o retorno de quem tentava entrar logo após grandes quedas. Ou seja, o “tempo no mercado” se mostrou mais relevante do que “acertar o timing”. Na comparação, a estratégia DCA entregou retornos 2,03 vezes maiores do que o suposto timing perfeito.
A mensagem é clara: a disciplina de investir de forma contínua tende a superar as tentativas de adivinhar o momento ideal de compra.
Qualquer um pode se beneficiar de uma estratégia simples e constante. ETFs são aliados valiosos porque oferecem diversificação e transparência, permitem aportes regulares e dispensam análises complexas de seleção de ativos. Em um mundo imprevisível, investir com inteligência significa aceitar a volatilidade, manter-se investido e diversificar. Assim, você transforma os ciclos turbulentos em aliados, preparando-se para qualquer caminho que o futuro reserve.