
🚨 A CVM se comprometeu: entre os temas para consulta pública na agenda do órgão em 2026 está a discussão sobre os ETFs de gestão ativa.
Caso você não saiba, o Brasil ainda não permite ETFs que não estejam atrelados aos retornos de um índice, enquanto indústrias como a estadunidense e a europeia já contam com diversos fundos de gestão ativa, ou seja, ETFs com estratégias de alocação que visam superar um determinado benchmark.
O blog do Banco do Brasil contextualizou a importância da agenda e ouviu executivos da Investo e da Global X sobre o tema. Clique para ler o conteúdo.
📈 Um tipo de ETF que vem ganhando espaço... Como você verá mais adiante na edição, os ETFs que movem grandes volumes de capital ainda são “puros”: fundos dedicados exclusivamente a seguir um índice de ações, outros a acompanhar somente os títulos do Tesouro Selic.
A Suno conversou com a Nu Asset e o Itaú para explicar a tendência dos ETFs híbridos. Clique aqui para conferir.
É assim que o colunista da tudoETF, Bruno Tariki, descreve os dividendos. O executivo da Itaú Asset aborda nesta semana um tema que deve pautar o investimento em ETFs no ano que vem: a nova tributação sobre proventos de empresas listadas na bolsa.
Com um olhar estratégico, Bruno explica como ETFs dedicados a ações que pagam dividendos podem se tornar o caminho natural para o investidor frente às mudanças.
Dá uma lida nesta prévia:
“Mais do que capturar proventos, investir em dividendos é investir em empresas disciplinadas, aquelas que cresceram aprendendo a distribuir capital com parcimônia, investir com retorno e atravessar ciclos sem comprometer balanço. Essa disciplina é o que sustenta o valor do tempo na estratégia: o dividendo é o “juro real” do acionista.”
De dezembro de 2020 até o fim de novembro de 2025, o Ibovespa avançou 37,6%, o S&P 500 subiu 82,3% e a quantidade de investidores em ETFs no Brasil registrou 268% de crescimento. Ah, se esse número fosse um índice…
O dado vem da mais recente divulgação da B3 a respeito da indústria de ETFs no Brasil. Partimos de 242 mil investidores em ETFs no fim de 2020 para 891 mil. Em 2025, aliás, o indicador ficou só no positivo até agora: aumento de cotistas de janeiro a novembro.
O patrimônio total investido em ETFs hoje é de R$ 81 bilhões e os 10 ETFs mais negociados no mês passado foram:
Os dados mostram que, por trás do vigor da indústria de ETFs, há uma forte influência do mercado institucional: a categoria foi responsável por quase 50% do volume negociado em ETFs no mês passado.
Esse tipo de investidor corresponde às mais variadas entidades do mercado que usam ETFs para negociação e alocação em seu dia a dia.
Um exemplo recente é a Ouro Preto Investimentos: a gestora lançará em janeiro de 2026 um fundo multimercado com uma carteira dedicada a ETFs, o primeiro fundo do país com uma alocação do gênero, segundo a instituição, em matéria para o Valor.
Outro caso que demonstra a força do institucional está na recente entrada da Galapagos Capital no jogo: em 2025, já foram três fundos lançados, sendo o mais recente o GBIT11, atrelado ao ETF de Bitcoin IBIT, da BlackRock.
A companhia estreou no mercado com um olhar dedicado aos desafios na gestão de carteiras que o alocador pode encontrar, como você pode conferir na reportagem da B3 deste link.
O volume movimentado por pessoas físicas, em novembro, correspondeu a 13,1%. Sem previsões, mas com grandes expectativas, a tudoETF torce para que a sigla de três letras fique cada vez mais palatável para o investidor.
Em 2026, muitos brasileiros podem repensar suas posições conservadoras em títulos públicos frente ao possível começo do corte da Selic. Some a isso a diversidade de estratégias que os ETFs oferecem e não parece um sonho tão distante o surgimento de ainda mais entusiastas dos fundos de índice no ano que vem.
Outros fatores também contribuem para que o ETF fique mais pop: percebemos que o diálogo entre gestoras e corretoras está cada vez mais recorrente, educando assessores em relação aos ETFs para que o investimento no produto faça parte de suas recomendações ao investidor final.
Como comentou o assessor Leonardo Maranhão em conteúdo para a tudoETF em novembro: “um fundo de índice pode contar com uma ótima tese, mas se não souber comunicar o que ele de fato resolve, o investidor não verá valor.”