Você cresceu ouvindo falar que imóveis e terrenos eram os melhores investimentos que alguém poderia fazer. Quando de fato começou a investir, descobriu que existe uma forma mais simples de acessar o mercado imobiliário: os fundos de investimento imobiliário, os FIIs.
E hoje vamos contar para você um pouco sobre os ETFs deste segmento. Não é à toa que somos a “tudo” ETF: para praticamente todo tipo de investimento, existe um fundo de índice.
A taxa de juros brasileira segue em alta, com a primeira decisão do Copom em 2025 levando a Selic ao patamar de 13,25%. Com uma taxa de juros tão elevada, o comportamento do investidor é previsível: foco na renda fixa.
Mesmo assim, uma matéria recente da Suno trouxe um pouco de esperança para os fundos imobiliários: mesmo com 2024 registrando um retorno negativo de 5,89% para o principal índice do setor, o IFIX, os FIIs tiveram recorde de captação.
Na mesma matéria, o analista Leonardo Garcia, da Trix, apontou que a queda no preço das cotas dos FIIs aumenta automaticamente o dividend yield, o que é música para os ouvidos de investidores apaixonados por renda passiva.
Além disso, para quem confia no segmento e acredita no longo prazo, os FIIs atualmente estão em clima de saldão — segundo o Valor Investe, mais de 90% dos fundos imobiliários estão “com desconto” na bolsa.
Outro alívio para o setor veio do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que precisou apaziguar o mercado recentemente com as interpretações em relação à reforma tributária, garantindo que não taxará os fundos imobiliários.
Enquanto a B3 conta com mais de 500 FIIs, existe apenas um ETF de FIIs brasileiros na nossa bolsa, o XFIX11, lançado pela XP em 2020.
No lugar de seguir o IFIX, principal índice do mercado, o ETF da XP Asset segue um índice próprio, o IFIX-L, que faz um recorte sobre o IFIX e prioriza fundos de alta liquidez. Em 2024, o ETF teve 9,25% de valorização.
Ainda na B3, outros dois ETFs têm foco no mercado imobiliário em outras fronteiras.
Em negociação desde 2021, o ALUG11, da Investo (parte do grupo VanEck), busca replicar o VNQ, ETF da Vanguard que investe em mais de 150 empresas do mercado imobiliário dos EUA. O ETF brasileiro, no entanto, deu prejuízo aos cotistas em 2024, com retorno negativo de 8,89%.
E entrando na competição americana, a XP lançou em 2022 o URET11. Seu índice investe parte do patrimônio no ETF gringo USRT e tem como tese o investimento apenas em REITs (os FIIs americanos) de tijolo, ou seja, que investem em imóveis físicos. Em 2024, o retorno do URET11 foi de 15,48%.
Todo mercado tem suas estrelas. No mundo dos ETFs, não poderia ser diferente. E se tem alguém capaz de gerar notícia com qualquer movimento em seus ETFs é a gestora Cathie Wood, CEO e CIO da Ark Invest.
Cathie Wood é a mente por trás do ARKK, um ETF de gestão ativa com US$ 6,2 bi de patrimônio e uma estratégia focada em tecnologia (de games à pesquisa farmacêutica) e todo tipo de empresa promissora no campo da inovação.
Para os investidores do ETF (que completou 10 anos no último mês de outubro), a gestão de Cathie Wood trouxe dias de luta e dias de glória: com retorno de 8,4% em 2024, o ARKK já fechou anos com ganhos exorbitantes, como os 152% de 2020, e perdas igualmente inesquecíveis, como a sequência de -23,3% em 2021 e -66,9% em 2022.
Wood nadou contra a maré de pânico que abalou o mercado de inteligência artificial na semana passada. Enquanto o efeito manada derrubou ações de empresas como Nvidia e fez muitos questionarem o futuro de companhias como a OpenAI, a chinesa DeepSeek não assustou a gestora: segundo matéria da Fortune, Cathie vê a competição como positiva para o desenvolvimento do setor tech.
Com o ARKK em ritmo de alta desde a vitória de Trump, a executiva acredita que empresas como Microsoft e Amazon, que fazem parte das suas alocações, têm muito a se beneficiar com a redução de custos em suas frentes de IA, algo que a DeepSeek parece ter provocado no mercado.
☁️ “ETFs são tudo que o investidor sonha”: essas palavras não são nossas, mas de Eric Balchunas, da Bloomberg. Confira o papo que o E-Investidor teve com o analista sobre a tríade de vantagens dos ETFs: qualidade, custo e simplicidade.
⛅ “Os ETFs são a evolução dos fundos de investimentos”: mais uma vez, algo que a tudoETF assina embaixo. A fala veio de Andrés Kikuchi, CIO da Nu Asset, a gestora de recursos do Nubank. A B3 fez um apanhado da participação do executivo e de outros especialistas em evento recente promovido pela UBS.
☀️ “Quanto mais as pessoas conhecerem [os ETFs], maior é a curva de evolução”: e não é para isso que a tudoETF serve? 😎 A frase, nesse caso, é de Bruno Barino, da BlackRock. Confira o artigo da Infomoney escrito a partir do podcast entre a gestora e a XP.