Da carne que consumimos ao combustível que utilizamos, as commodities fazem parte da nossa rotina — e movem boa parte da economia brasileira. Não é à toa que as duas maiores empresas do Ibovespa, o principal índice do mercado de ações brasileiro, fazem parte deste universo: Vale e Petrobras.

Commodities podem também ser entendidas a partir de suas categorias. Produtos como milho, café, boi gordo e trigo são commodities agrícolas. 

Já moedas como dólar, euro, real e títulos de dívida pública são consideradas commodities financeiras. Ferro, ouro, petróleo e gás natural são commodities minerais.

Há ainda a energia elétrica (commodity de recursos energéticos), a água e os créditos de carbono (commodities ambientais) e as commodities químicas (soda cáustica, ácido sulfúrico, etc).

Com itens tão variados, o que as commodities têm em comum é o fato de que são produtos de origem primária e sem valor agregado. O que isso significa, na prática?

Uma moeda de um real vale o mesmo que outra moeda de um real. A soja de um produtor agrícola não compete com a de outro produtor na base da diferenciação, como um celular de uma marca compete com o de outra marca. 

O preço de uma commodity, então, é o resultado das leis de oferta e demanda globais, sem diferenciação entre produtores.

Nesse sentido, um ETF de commodity seguirá um índice para refletir o preço da commodity, definido a partir das negociações de compra e venda, sejam elas imediatas ou acordadas para uma data por vir, como é o caso dos contratos futuros operados em bolsa.

ETFs de commodities: conheça as opções

Abaixo, confira os ETFs de commodities custodiados no Brasil e disponíveis para investidores na bolsa de valores brasileira, a B3.

Confira também:

  • A gestora de recursos responsável por estes fundos;
  • O índice que eles acompanham;
  • As taxas de administração;
  • A performance dos ETFs em 2024.

ETF BBOI11

O ETF BBOI11 foi criado pela gestora de recursos do Banco do Brasil. 

O BBOI11 possui o Índice Futuro de Boi Gordo B3 como seu indexador, acompanhando o preço da commodity através de uma carteira teórica com contratos futuros de boi gordo (BGI) de vencimento mais próximo.

Com uma taxa anual de administração de 0,45%, o ETF BBOI11 em 2024 acumulou +2,67%.

ETF CORN11

Também gerido pelo Banco do Brasil, o ETF CORN11 segue os contratos futuros de milho (CCM) através do Índice Futuro de Milho B3.

Com taxa anual de 0,45%, o CORN 11, em 2024, teve um retorno de -12,75%.

ETF GOLD11

Administrado pela XP Asset, o ETF GOLD11 acompanha o preço do ouro à vista, em dólares, através do índice LBMA Gold Price, da ICE.

O GOLD11 possui taxa de administração de 0,55% ao ano e, em 2024, rendeu +59,64%. 

ETF DOLA11

Dedicado a acompanhar os contratos futuros de dólar, o ETF DOLA11 é gerido pelo Banco do Brasil e acompanha o S&P/B3 BRL-USD Futures Index, índice da B3 em parceria com a S&P Global. 

Lançado na metade de 2024, o ETF ainda não possui a performance em um ano-calendário completo. Sua taxa de administração é de 0,40% ao ano.

ETF CMDB11

O ETF CMDB11 se expõe ao mercado de commodities através de papéis de empresas do segmento. 

Criado pelo BTG Pactual, o ETF CMDB11 tem o objetivo de acompanhar o desempenho médio das empresas produtoras e exportadoras de commodities na B3, seguindo o índice Teva Ações Commodities Brasil Index.

Vale lembrar que o ETF traz a exposição agregada a empresas, não refletindo diretamente somente a média de preços das commodities que acompanha.

Em 2024, o CMDB11 rendeu +1,48%. Sua taxa anual de administração é de 0,50%.

ETF MATB11

Gerido pela Itaú Asset Management, o MATB11 é um ETF que replica o índice IMAT B3 Materiais Básicos. Assim como o CMDB11, o ETF MATB11 se expõe ao mercado de commodities através de papéis de empresas.

Este índice, criado pela B3, busca representar o desempenho médio de empresas da bolsa que operam no setor de materiais básicos (celulose, mineração, siderurgia, entre outros).

Com retorno de -11,91% em 2024, o ETF MATB11 possui um custo de 0,50% em taxa de administração anual.