Conheça todos os ETFs de renda fixa disponíveis na bolsa

Em um cenário econômico em que a taxa de juros brasileira, a Selic, está em ritmo de alta, ocupando um patamar de 13,25% ao ano e com possibilidade de subir mais 1 ponto percentual em março, é natural que o investidor brasileiro se apaixone, mais uma vez, pela renda fixa.

A tudoETF preparou um material completo com todos os ETFs de renda fixa disponíveis na bolsa brasileira. Descubra qual índice cada fundo segue, quais suas taxas de administração e como foram suas performances em 2024.

Confira a lista de ETFs de renda fixa na bolsa brasileira ↗️

Mas… vale a pena investir em ETF de renda fixa com o Tesouro pagando tão bem?

Depois de conhecer as opções de ETFs de renda fixa no mercado, talvez você se pergunte: faz sentido investir nesses fundos enquanto uma simples alocação em Tesouro Selic garante retorno anual de 13,25%?

Sem contar as diversas emissões de Tesouro IPCA que ocorreram há poucos meses, premiando investidores com juros reais (já descontada a inflação) de quase 8%.

#1. Ganhos de curto prazo

O Valor Investe publicou uma matéria para entender se há estratégias de investimentos em que ETFs de renda fixa podem bater uma Selic tão alta.

A reportagem aponta que movimentos de compra e venda de ETFs, no curto prazo, podem surfar as oscilações dos títulos de renda fixa atrelados a um índice. O "pulo do gato", aqui, é a chamada marcação a mercado, que altera o preço dos títulos diariamente de acordo com oferta e demanda entre investidores.

É nessa volatilidade da marcação a mercado que um possível ganho acima da Selic é possível — e o ETF é um instrumento que facilita este retorno por sua negociação se dar na bolsa.

Mas, como você já deve ter notado, essa é uma estratégia de curto prazo e que, na prática, lida com o ETF assim como um trader trata uma ação.

#2. Foco na diversificação, no longo prazo e nos baixos custos

Na matéria do Valor, Antonio Sanches, analista da Rico, comenta: "São poucos os fundos que vão superar o indexador de referência."

Afinal, essa é a natureza de fundos que acompanham índices, não é mesmo? Acompanhar o mercado, não superá-lo.

Sem a ansiedade de “bater o mercado”, fundos de renda fixa na bolsa são aliados para complementar uma estratégia de diversificação e globalização de portfólio no longo prazo.

Os ETFs de renda fixa também dispensam a necessidade de coletar lucros antes da hora — se um título do Tesouro vence em sua carteira e você não quer gastar o valor, você precisa reinvestir, entrando novamente na tabela regressiva que só chega ao valor mínimo de tributação sobre lucros, de 15%, depois de 720 dias.

Em diversos ETFs de renda fixa, a estratégia do índice muitas vezes busca um prazo médio dos ativos na carteira que sempre garante o abatimento de 15% de imposto de renda, independentemente do tempo que você investiu no instrumento.

Além disso, a cobrança de taxas de 0,19% por diversos ETFs de renda fixa não é coincidência, mas uma forma de reduzir custos para o investidor de renda fixa, já que a custódia do Tesouro é de 0,20% ao ano.

Avise o xerife: há um novo índice de renda fixa na cidade

Se você leu nosso artigo linkado no começo da edição, notou que existe hoje apenas um fundo de renda fixa na bolsa com exposição a debêntures, o ETF DEBB11, do BTG Pactual.

Debêntures são papéis de renda fixa em que um investidor consegue retorno emprestando seu dinheiro a empresas privadas.

O DEBB11 criou sua estrutura a partir de um índice formulado pela Teva com algumas regrinhas, como 90% de alocação em debêntures e 10% em Tesouro Selic. Você pode revisitar a edição em que aprofundamos a composição deste ETF aqui.

Na semana passada, a bolsa brasileira lançou o Índice de Debêntures Ultra Qualidade DI B3.

Crédito: Estadão

A sua principal característica é que só entram no índice as debêntures que a bolsa também autoriza como garantia em operações.

Um exemplo: se você é um trader, desde novembro do ano passado, você pode criar operações em que, no lugar de apenas investir o seu dinheiro, você usa outras aplicações financeiras como garantia caso tenha perda em uma negociação.

As debêntures autorizadas para esse tipo de negociação passam por uma análise da B3 em diversos aspectos, filtrando, por exemplo, títulos de empresas em recuperação judicial ou extrajudicial.

E onde há fumaça, há fogo. Ou melhor: onde há índice, há ETF a caminho.

Sem dar detalhes de quem entrará no ringue, um novo ETF de debêntures em breve fará sua estreia na bolsa utilizando este índice, segundo o superintendente de índices da bolsa, Ricardo Cavalheiro.

E você pode ficar tranquilo que a tudoETF contará para você a novidade assim que ela for anunciada. 😉