Insights rápidos de mercado

Avenue e Nomad abrem os números: quais ETFs estrangeiros têm interessado o investidor brasileiro? Confira a lista.

Como um assessor pode comprovar seu conhecimento em ETFs? B3 e Ancord lançam trilha educacional com direito a certificação para profissionais no mercado, cobrindo ETFs, BDRs e FIIs. Saiba mais.

“Dobrar, triplicar, multiplicar por dez”: a visão de um gestor do mercado sobre o próximo ciclo de alta da bolsa e o papel dos ETFs nesse fluxo. Entenda.

Como diversificar um portfólio com ETFs? O blog do BB compilou a opinião de alguns especialistas para dar a resposta. Leia aqui.

A tudoETF quer agradecer (e ouvir) você

Do leitor que acompanha desde as primeiras edições ao que chegou agora, agradecemos a todo mundo que tem lido nossa cobertura semanal do mercado de ETFs (até mesmo na terça de carnaval!).

Hoje é um dia especial: estamos na edição n° 50 da tudoETF. O que nasceu como uma forma de falar sobre ETFs a partir do lugar do investidor pessoa física hoje é um projeto que nos orgulha e se comunica com diferentes pontas do ecossistema que forma o mercado de ETFs brasileiro.

Aproveitando a ocasião, convidamos você a acessar um formulário simples e responder uma pergunta (sim, apenas uma) por meio do link abaixo. Assim você pode deixar a tudoETF ainda mais com a sua cara.

Responder ↗️

Um setor ganha seu primeiro ETF no Brasil. E com direito a dividendos.

Energia elétrica, água, saneamento e gás. Para os investidores que buscam uma nova mina de ouro a cada revolução tecnológica, esses talvez não pareçam os temas mais atraentes.

Mas os números são de fazer qualquer um olhar com mais atenção às utilities (setor de utilidade pública): só em 2025, o UTIL, índice da B3 dedicado às companhias do segmento listadas no Brasil, já subiu mais de 40%.

E onde existe setor, existe a chance de envelopar um ETF. Na última quinta-feira, a gestora Investo lançou o UTLL11, acompanhando o benchmark da B3. Com 21 ativos, os maiores pesos da carteira ficam com a Sabesp (20,34%), a Eletrobras (17,95%) e a Equatorial (12,06%).

Distribuir dividendos é o ponto de virada?

Converse com investidores, gestores ou especialistas em ETFs e você ouvirá diferentes teses sobre o que será capaz de popularizar os fundos negociados na bolsa no Brasil.

A resposta está na mudança da atuação de diversos assessores, com a migração para o fee fixo? Ou o caminho é mostrar ao investidor os baixos custos dos ETFs em relação aos fundos tradicionais?

Provavelmente, a combinação de cada aspecto irá acelerar a difusão dos ETFs. Mas, olhando para o comportamento do investidor, é inegável que as gestoras cada vez mais buscam atrair o cotista por meio de mais um caminho: a renda recorrente.

Se até hoje há quem se prenda ao dinheiro que pinga mensalmente na poupança, mesmo sem saber que a caderneta não dá conta de compensar a inflação, não há como ignorar o efeito psicológico positivo que a recorrência de receita gera.

O primeiro ETF a distribuir rendimentos no Brasil foi o NDIV11, da Nu Asset, lançado há dois anos. Outras gestoras adotaram o modelo desde então, incluindo a geração de dividendos sintéticos, uma estratégia que explicamos anteriormente e que você pode entender melhor clicando aqui.

Atualmente, são mais de 40 mil cotistas em ETFs de distribuição no Brasil, segundo o E-Investidor. O UTLL11 chega ao mercado também com essa proposta, repassando parte dos lucros distribuídos pelas ações em seu portfólio.

ETFs ativos no Brasil? A conversa ficou para 2027, segundo a CVM

No lugar de seguir apenas um índice, um ETF ativo busca superar o benchmark através de diferentes estratégias. Hoje, a relevância dos fundos de bolsa com gestão ativa é tão grande que, mesmo não existindo na bolsa brasileira, você verá frequentemente gigantes do segmento sendo pautados na imprensa daqui: toda vez que a gestora Cathie Wood faz uma mudança na carteira de um dos ETFs ativos da Ark, ela gera notícia.

Fonte: Financial Times

E por aqui? Uma das primeiras edições da tudoETF foi ao ar com título: “um tipo de ETF que pode chegar ao Brasil”. Na época, em novembro do ano passado, cobrimos o interesse de diferentes gestoras na estratégia, como reportado pelo Broadcast, e a sinalização (ainda que tímida) da CVM em pautar a mudança, segundo o então diretor Daniel Maeda.

Mas o cenário (ou pelo menos o timing) mudou.

A CVM sempre ressaltou as dificuldades regulatórias em viabilizar ETFs com gestão ativa no Brasil, mas o discurso ficou ainda mais restrito, segundo reportagem do Estadão.

Em evento da B3 na última terça, Marco Velloso, representante do órgão, reconheceu que a estrutura dos ETFs brasileiros está defasada em relação ao mercado global, onde não só proliferam ETFs ativos, como também ETFs com índices que permitem alavancagem ou investimento inverso.

Mas não será no curto prazo que o brasileiro verá ETFs ativos em seu home broker local. Com uma diretoria menor e outras prioridades na frente, a atualização do que um ETF pode ser no Brasil pode voltar à pauta da comissão apenas em 2027.