Clube do bilhão: a Investo conquistou seu segundo ETF com mais de R$ 1 bi sob gestão. Descubra qual é o fundo na matéria da Infomoney.
Vem mais por aí: a Veja ouviu gestores de ETFs para entender o apetite para mais lançamentos em 2025.
O motor invisível dos ETFs no Brasil? A renda fixa. Essa é a tese da reportagem do Neofeed, que ouviu diversos executivos do mercado.
Há alguns meses, a Buena Vista Capital lançou, em cogestão com a Hashdex, o GBTC11, um ETF que combina retornos do ouro e do Bitcoin, ajustando a exposição entre os dois ativos a partir da volatilidade de cada mercado.
Dessa vez, em carreira solo, a Buena Vista lançou mais um ETF de ouro, o AURO11. A commodity preciosa não sai dos holofotes em 2025: só na semana passada, o ouro valorizou 4%, como o Valor Investe cobriu (mais abaixo, você verá como o ouro ocupa com folga o primeiro lugar em 2025).
Esse não é o primeiro ETF de ouro na bolsa brasileira, mas é o primeiro que une a valorização do metal à distribuição de proventos mensais.
A Buena Vista é uma gestora investida na tese de que, para cair no gosto do brasileiro, o ETF precisa tocar em um dos grandes desejos do investidor: receber (e eventualmente viver de) renda passiva. O ETF de S&P 500 da casa, SPYI11, gera dividendos, assim como o ETF de Bitcoin à vista, o COIN11, para citar alguns exemplos.
A gestora utiliza a estratégia de dividendos sintéticos, que explicamos com mais profundidade em uma edição anterior. Resumindo, um dividendo sintético, em vez de sair “naturalmente” do lucro e do capital das empresas envolvidas no índice, é o resultado do ganho adquirido em negociações feitas pelo gestor do ETF, ao unir a negociação de derivativos à estratégia prevista no índice a ser seguido.
Na ocasião do lançamento do AURO11, a Exame reportou que o provento do AURO11 é de 1% a 1,2% do valor da cota. Renato Nobile, gestor da Buena Vista, comentou: “Se o valor nominal do ETF sobe 10% de um mês para o outro, o dividendo também será 10% maior que a remuneração do mês anterior.”
O ETF já está em negociação e possui 0,98% de taxa global ao ano e liquidez de D+2.
Apesar de não ser tão famosa quanto a número 1 no setor (Nvidia), a Broadcom está no top 10 das empresas com maior peso no índice Nasdaq-100 e, em seu último balanço, comunicou um crescimento anual de 22% em receita.
Nem sempre o balanço de resultados de uma empresa mexe com a sua cotação na bolsa, mas algumas vezes o mercado se empolga com os números divulgados.
A ação da Broadcom disparou mais de 16% na última quinta-feira. Além dos números acima das previsões, o balanço trouxe otimismo do mercado em relação à empresa por conta da sua atual posição no mercado de inteligência artificial.
Segundo a matéria do portal ETF.com, o CEO da Broadcom, Hock Tan, disse que a receita vinda da produção de chips customizados para IA (XPUs) destinados a companhias como Google, Meta e ByteDance (dona do TikTok) cresceu 63% só no último trimestre.
E entre os clientes do setor de IA da Broadcom, quem acaba de assinar contrato é a OpenAI. Mesmo fora da bolsa, a empresa de Sam Altman consegue balançar Wall Street.
Lembra dos ETFs SMH, da VanEck, e do SOXX, da BlackRock? Referência em ETFs de semicondutores, eles lideram a lista de fundos com maior retorno nos últimos 10 anos nos EUA, como cobrimos há algumas semanas. Ambos possuem em sua carteira representatividade alta tanto da Broadcom quanto da Nvidia.
A evolução da IA passa, naturalmente, pela concorrência no desenvolvimento de componentes de alta performance. Com o anúncio da parceria com a OpenAI, o mercado não só se animou com a ação, como também puniu os papéis da Nvidia, que recuaram 4,4%.
Se há uma lição que o movimento de curto prazo na bolsa nos traz é a de que, perante uma tecnologia emergente e empresas em competição, vale a pena considerar que um ETF setorial de semicondutores, por exemplo, não descarta a exposição a qualquer uma das companhias que sair na frente, deixando para a inteligência do índice a exposição mais adequada a cada empresa.
A Nu Asset, gestora de recursos do Nubank, deu um spoiler dos dois próximos ETFs que pretende lançar. As informações vieram de um evento organizado pela companhia na semana passada. Ambos com estratégias voltadas à renda fixa global, os novos ETFs se juntam aos lançamentos da casa que, até então, administrava apenas ETFs de renda variável e cripto.
O HGBR11 será um fundo de crédito high grade, com menores chances de retorno, mas também menor risco, acompanhando títulos de dívida menos arrojados. Mais volátil, o HYBR11 mira em títulos high yield, com chance de retornos maiores.
Cabe, como sempre, ao investidor entender se o seu apetite bate com o sabor do fundo. Como vimos em lançamentos recentes, a exemplo de alguns fundos da Itaú Asset, a proteção cambial também tem caído no gosto dos gestores de ETFs no Brasil: os dois fundos do Nu não terão exposição à flutuação dólar/real.
Entre as falas dos executivos da Nu Asset, a comparação dos ETFs ao Pix ganhou força na cobertura da imprensa. Andrés Kikuchi, CIO da gestora, fez o paralelo “pela simplicidade, transparência e baixo custo” que o ETF traz ao investidor.
No coração de um ETF, há um índice a ser acompanhado. Com dados da consultoria Elos Ayta, a B3 compartilhou recentemente três janelas de tempo que mostram como andam alguns dos principais índices e referências do mercado financeiro brasileiro. Dá uma olhada.