
No mundo dos investimentos, “mais” nem sempre é sinônimo de melhor, em especial quando o assunto são os ETFs. A busca por diversificação pode virar o maior inimigo da simplicidade.
Isso não significa que você deva abandoná-la. Diversificação é um dos mandamentos do investidor inteligente. Ela reduz riscos, suaviza oscilações e torna os retornos mais previsíveis ao longo do tempo. Mas surge uma dúvida que intriga de investidores iniciantes aos já experientes: na hora de alocar, quantos ETFs são o bastante para montar uma carteira equilibrada?
Um único ETF amplo, como um fundo que replica o Ibovespa ou um que acompanha o S&P 500, já oferece acesso a dezenas ou até centenas de empresas de capital aberto na bolsa. Ainda assim, concentrar-se em apenas um país, setor ou classe de ativos limita o equilíbrio da carteira.
E é aqui que entra o paradoxo da escolha: quanto mais opções o investidor tem, maior o risco de incerteza. Em vez de facilitar, o excesso de alternativas cria paralisia e o medo de errar impede a tomada de decisão.
Sair desse entrave não exige uma lista infinita de ETFs. Na prática, poucos ETFs bem escolhidos costumam ser suficientes para alcançar uma diversificação sólida e eficiente.
Veja um exemplo:
Abaixo, simulo um exemplo para ilustrar uma carteira com os fundos mencionados.



No fim, diversificar é sobre eficiência, não quantidade. A força de uma carteira vem do equilíbrio entre risco e retorno, e não da soma de produtos. Em investimentos, como em tantas outras áreas da vida, menos pode ser mais: foco, coerência e disciplina tendem a gerar resultados muito mais consistentes do que a busca pela complexidade.
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