Bem-vindo, Renato Eid Tucci!

A partir de hoje, Renato Eid Tucci, Portfolio Manager da Itaú Asset Management, é colunista da tudoETF.

Ou seja, além dos insights que você já recebe semanalmente da nossa redação, você contará com o olhar de quem está por trás de uma das gestoras que vem mudando o cenário dos ETFs no Brasil.

No seu primeiro artigo, Renato comenta:

“Embora os ETFs ainda estejam em estágio inicial no Brasil, o amadurecimento dos investidores, somado à crescente demanda por transparência e praticidade, torna este tipo de produto cada vez mais relevante nas estratégias financeiras modernas.

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O que motiva o mercado ao escolher um ETF?

O que você leva em conta ao escolher um ETF? A gestora? O tamanho do patrimônio? E quanto de cripto você considera?

A tudoETF é feita por investidores, ou seja, a gente sabe que perguntas como essas não são tão fáceis de responder na hora de compor um portfólio. Então por que não dar uma olhada nas motivações de quem está do lado do mercado?

A Trackinsight realiza pesquisas globais com gestores de fundos, family offices, assessores e outros profissionais, construindo um grande termômetro do que motiva o mercado em relação aos ETFs.

Entre os diversos dados do estudo, que ouviu mais de 600 pessoas, separamos alguns insights para você entender e ter ainda mais informação na hora de fazer as suas escolhas.

#1. Performance importa

Você sabe que performance passada não é sinônimo de performance futura, mas isso não significa que até mesmo o investidor profissional deixe de olhar para o retrovisor na hora de escolher um ETF.

Para um advisor, é possível que a performance seja uma forma de demonstrar a um novo cliente a robustez do ETF. Para gestores de fundos e demais alocadores, uma boa performance ajuda a simular resultados históricos retroativamente.

De qualquer forma, vale um contexto: a pergunta é aberta e, fora do Brasil, o mercado já não lida apenas com ETFs de gestão passiva.

A performance de um ETF que replica um índice é a performance do seu índice. Já, ao investir em ETFs ativos, a performance representa as escolhas da estratégia do gestor do fundo.

#2. Renda fixa não gera consenso, mas o interesse cresce

Em relação aos seus portfólios de ETFs construídos para clientes ou alocações das quais são gestores, a renda fixa não gera consenso.

Na prática, os ETFs da classe tendem a ocupar de >0% a 30% do total de ETFs dos profissionais entrevistados, mas mais de 1 entre os 10 profissionais ouvidos mantêm 0% de alocação em ETFs de renda fixa.

Quando perguntados sobre os planos para o futuro, porém, a adesão aos ETFs de renda fixa saiu vitoriosa: 47% com intenção de aumentar a exposição, 42% sem intenção de mexer na fatia e apenas 11% indicando diminuição.

#3. ETF temático? Só se a relação entre risco e retorno fizer sentido

Como relembramos na semana passada, os ETFs temáticos carregam uma história de controvérsia. Mesmo assim, existe uma tentação de investir em uma tese que está borbulhando, seja ela IA, energia renovável, exploração espacial, etc.

O que o mercado presta atenção ao aplicar nesse segmento, então? A relação de risco e retorno.

Em segundo lugar, vem o custo — afinal, muitos ETFs temáticos contam com gestão ativa e são compostos por investimentos de diferentes bolsas, o que eleva o preço da taxa de gestão.

Aqui, parece que o mercado deixa uma boa lição para você que busca se expor a alguma tese menos tradicional.

O maior IPO de cripto desde a Coinbase (e o que os ETFs têm a ver com isso)

Faz tempo que você não ouve falar em um IPO?

Ficamos mal-acostumados com as centenas de empresas abrindo capital (aqui e lá fora) no começo da década.

Na semana passada, o IPO da Circle veio para matar as saudades: a Circle chegou à NYSE na última quinta-feira e, em seu primeiro pregão, a ação CRCL viu uma alta de 167%, segundo o portal Decrypt.

Antes do IPO, são mais de 10 anos de história. Fundada em 2013, a companhia começou como uma mediadora de pagamentos em Bitcoin até desenvolver o "carro-chefe da casa": a criptomoeda USDC, uma stablecoin.

Crédito: Brendan McDermid / Reuters

O que são stablecoins?

A volatilidade das criptomoedas é tão característica à classe que o termo "stable" parece contraintuitivo.

Enquanto ativos como o Bitcoin podem flutuar altamente por conta das relações de oferta e demanda do mercado, as stablecoins justificam a parte "estável" do seu nome porque o seu propósito é refletir outro ativo.

Uma stablecoin pode acompanhar desde uma commodity, como o ouro, até uma moeda tradicional. Esse é o caso do USDC, cujo valor é atrelado ao dólar.

Mas se já existe o dólar, para que a USDC serve?

Um dos principais usos da USDC são operações entre agentes em diferentes países. A tecnologia permite que negociações de importação e exportação sejam mais eficientes do que pelos caminhos tradicionais, como aponta o Valor.

Como os ETFs entram na jogada

O IPO da Circle nos ajuda a colocar em perspectiva o atual momento das criptomoedas. Em entrevista à Reuters, Matt Kennedy, da Renaissance Capital, comenta: "quanto mais companhias de cripto abrirem IPO, mais fácil será o caminho para as empresas do setor".

A dose de legitimação e transparência que um IPO traz é crucial para investidores em ETFs do setor, já que indica uma aceitação importante do mercado em relação às coins.

Siga se informando

📈 Avanço para fundos de cripto: o JP Morgan vai passar a aceitar ETFs de Bitcoin como garantia para empréstimos dos seus clientes nos EUA.

Para aportar sem erros: o especialista e influencer Otávio Paranhos comenta os principais equívocos ao começar a investir em ETFs.

💸 A Buena Vista ampliou o portfólio: conheça o FIXX11, novo ETF de tesouro americano na B3.

🚨 Errata!

Na edição passada, reportamos que o novo ETF da Investo lançado junto ao grupo Primo, o GPUS11, realiza distribuição de dividendos. O GPUS11 não distribui dividendos.